segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Qual a lógica da meditação ou do porquê meditar?

Primeiramente, meditação não é refletir ou pensar sobre algo. Isso já tem um nome, refletir ou pensar...sobre algo. 

Assim como qualquer outro animal, só que em menor potencial, temos os 5 sentidos principais.

Assim como qualquer outro animal podemos perceber e sentir a vida e poder discernir pelos princípios mais básicos de sobrevivência o que queremos, onde queremos ir ou estar.

Diferente de todo outro animal que vive em sintonia com sua própria natureza e o meio em que vive, as pessoas passam pela vida com um vazio existencial e na busca de preenche-lo com sensações a partir desses sentidos, criando assim situações, momentos, comprando bens materiais, imóveis, viajando, acreditando que essa ou aquela pessoa irá preencher esse vazio, essa ou aquela droga, por exemplo. Uma ilusão.

A mente agitada é incapaz de perceber o que nutre a existência por causa da frequência que está sintonizada. Sempre atraímos aquelas pessoas com a mesma frequência mental a fim de não se sentir só, acreditando também que uma outra pessoa é capaz de preencher esse vazio por causa de afinidades.

Quando acostumamos com o silêncio, paramos o corpo, sentamos, os pensamentos por hora ainda virão, mas depois irão e o hábito disso permite que percebamos o universo que sempre esteve aqui, mas não dávamos conta dada a agitação da mente.

Percebemos melhor quem somos, o outro, e aspectos mais sensíveis da vida que fogem aos 5 sentidos, mas são alcançados pela, agora, consciência que está um pouco mais ampla.

Percebemos que no aqui e agora há paz e há verdade, que o passado e o futuro é uma ilusão relativa a qualquer perspectiva que você desejar.

Que o que você sente ou deixa de sentir é uma condição ditada e alimentada por ti e você sentirá enquanto alimentar isso, assim como alimenta ainda qualquer outro desses 5 sentidos.

Com tempo você deixa de sentir coisas que precisa alimentar para manter e passa a entrar em uma frequência mental que te proporciona o que os sentidos não, um estado permanente de paz que só possível alcançar pelo hábito da meditação e essa paz, o cultivo dela proporciona uma alegria, uma felicidade interna extremamente agradável e que podemos levar para as obrigações da rotina do dia, sem necessariamente estar meditando.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Uma ilusão


      Naquele lugar escuro, pesado, ele o encostou na parede, literalmente, contra a parede fria, com uma faca na garganta, sim vamos usar a ideia de uma faca, ou uma adaga, é fácil de entender, podia ser outra arma, uma pistola, por exemplo, mas Zigfriad estava sereno demais e isso o enfurecia. A intensão dele estava clara, de ameaçar, causar medo, já que se fosse para tirar a vida, teria feito.
     Zig estava em paz, cheio de paz, transbordando. Não estava louco, nem é psicopata, ou algum transtorno do tipo. As pessoas comuns, em sua maioria não podem compreendê-lo por que não possuem o que ele tem dentro de si. Somos apenas capazes de reconhecer algo fora que já conhecemos em nós mesmos, caso contrário, são apenas racionalizações preconceituosas e todo preconceito é opinião sem conhecimento de causa, um julgo falho.
     Logo, tampouco ele compreendia o Zig, que jamais poderia ser ferido, atingido, alcançado por ele. Mesmo estando ali, fitando cheio de ódio e tormento aquele olhar sereno, presente, tranquilo, respiração calma.
     A consciência de Zigfriad estava conectada com o agressor, com a parede, coma faca com o momento presente como alguém que se conecta com a cama e o cobertor quente depois de um dia cansativo e um banho relaxante, quando se tornam praticamente um só com a cama, o cobertor e a chuva lá fora.
     Um dos instintos mais primitivos do homem, o de sobrevivência, que dá o impulso e força necessária com adrenalina afim de fugir de situações que arriscam nossas vidas, quando transcendidos a um estado de consciência mais sutil, tornam-se obsoletos, não que estão adormecidos, mas estão ofuscados pela luz da consciência.
     O estado alterado de consciência do Zig não é relativo a embriaguez ou ao uso de entorpecente, aquele estado alterado da mente, forçado, artificial e impermanente. Se o agressor o alcançasse, ao menos em um pequeno grau daquela sintonia que em tudo penetra, o largaria calmamente, provavelmente deixaria a faca cair, e respiraria profundamente, como se estivesse despertando do um sono profundo, um pesadelo. Nada seria dito, talvez um sorriso bobo. Dali seguiriam caminhos distintos, ou na mesma direção, não importa.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Entrada do Coração

Chegamos em um lugar alto que se apresentava como uma entrada para alguma coisa. Não sabia porque eu estava ali contigo, não era por uma sensação de vontade pessoal ou desejo, parecia algo casual.

Alguém que guardava o caminho nos observava. Fomos até ele e perguntamos que caminho é esse. Ele disse: “É a estrada do coração, o caminho interno que vos liga a Iniciação. Aqui é ...” E repetimos juntos um nome o qual não recordo agora. Em seguida, também juntos fizemos um cumprimento em sincronia, à medida que eu lembrava desse velho costume, como se tivéssemos combinado. Ao final do cumprimento, minha mão vai a baixo com outro sinal, esse por sua vez mostrava meu grau, identificando-me. Continuei movendo, estendendo a ponta dos dedos como se fosse tocar o centro do peito do sujeito, como uma finalização, quando aparece uma mulher morena, reluzente, emitindo um sutil brilho e disse:

_ Não é necessária tal formalidade. Quem é você?
_ Essa não é a pergunta, porque eu sou. Respondi.
_ No entanto essa é a resposta, ela continuou. E olhando para você ela ficou em silêncio.

Perguntei por que estamos aqui. Sério, ela disse:

_ Continue em sintonia, olhe atentamente e nos diga você mesmo.

Olhei e por algum motivo, que não sei mais, disse:

_ Vim acompanha-la até essa entrada, a protegendo de si mesma. - E olhando pra você continuei – Mas não posso seguir adiante. Vou voltar, preciso voltar, há algo a ser feito. Talvez depois eu seja livre como tu, ou talvez você volte comigo e se perca por mais mil anos no reino dos sonhos.

Adeus. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Uma Cidade no Fundo do Mar

Não fazia uma ideia positiva de qualquer existência de vida multidimensional no oceano. Fiquei com essa impressão, não por causa de alguns livros espíritas do Robson Pinheiro que tinha lido e relata que as profundezas do oceano são usadas para esconder centros de organização e laboratórios ligados a forças sinistras, mas sim por causa da minha limitada interpretação de um todo maior de possibilidades.

Essa noite passada fui convidado apenas para ter uma experiência em desdobramento dentro d’água. É engraçado porque, o condicionamento de respirar pelo nariz bloqueia a capacidade em desdobramento de coexistir, até mesmo em outro plano, sem respirar pelo aparelho respiratório. É um bloqueio mental, como quando desdobramos pelas primeiras vezes e temos dificuldades de atravessar as paredes. Então, através de uma pequena iniciação, ativaram algo em minha cabeça na parte da frente, não sei dizer bem o que é, coloquei a cabeça dentro d’água com a respiração ainda presa e de uma forma bem estranha, sem utilizar o nariz, podia respirar.

Fomos até uma cidade, não muito grande, mas muito bem organizada. Como uma dessas cidades de países de primeiro mundo, mas com uma outra dinâmica. Todos são muito disciplinados, não extrapolam jamais os limites de sua conduta para não gerar um desconforto na ordem social.

Todos tinham uma espécie dum cartão magnético, muito semelhante ao cartão de crédito, por exemplo, com ele se podia fazer muitas coisas, porque é por ele que as pessoas tinham nele, todo seu registro. O tempo todo uma pessoa me acompanhava e me mostrava tudo. Os habitantes me olhavam quando entrava nos lugares e eles sabiam que eu não era dali e todos eram muito gentis em me orientar a respeito de tudo.

Não notei o “céu” por assim dizer, não notei a presença de polícia ou forças de segurança, ou lixo, vegetação, pessoas problemáticas pelas ruas, sofrendo, não notei raiva, animais... mesmo peixes. Não era escuro, e a única impressão que ficou, foi a de paz, organização e fraternidade.

De forma alguma esse lugar pode ser comparado a qualquer ideia de um tipo de umbral. Despertei com a sensação que posso respirar de baixo d’água. 

quarta-feira, 5 de março de 2014

A Ilusão da Escolha

É uma ilusão pensar que se você votar no político da bandeira vermelha, azul, verde ou colorida, vai mudar alguma coisa lá fora. Como se uma ou algumas pessoas pudessem mudar todo um país, sendo que o real poder nem está na mão deles (ou na nossa). Como se fossem mágicos e com algumas decisões pudessem mudar o brasileiro.

 Isso é transferência de responsabilidade, uma irresponsabilidade. O mesmo dizer que a Noruega tem o maior índice de desenvolvimento humano por causa dos seus políticos, do seu presidente. Também, mas o líder ali é apenas o reflexo do seu próprio meio, assim como nós aqui. Assisto os mais velhos discutindo política com tanta propriedade, como ver torcedores de times discutindo futebol, sérios, podendo rolar até uma inimizade e deixarem de se falar.

O futebol, no entanto, é uma fuga da realidade aceita pela sociedade, por essa sociedade. Com o futebol é possível ficar inerte e à parte de qualquer coisa construtiva por toda uma vida, justamente por ser um distração. O político e o seu teatro é a mesma coisa, só que levado mais a sério. Você sabe, essa necessidade de um indivíduo ser aceito por seus iguais levam muitos a escolherem um time de futebol e defendê-lo, como se fossem ganhar junto com eles, da mesma forma que um político ou um partido em especial. No futebol, o time vai ganhar se estiver bem preparado, independente do quanto você torça por ele.

Os jogadores encherão seus bolsos enquanto tu esvaziará os teus comemorando. Com um país não funciona assim. Não adianta torcer para a bandeira e seu político preferido, MUITO menos ainda vai ajudar denegrindo a imagem desse ou daquele. A mudança parte dos pequenos detalhes. Atitude de cada um individualmente e como coletivo.

Desligando a televisão, eliminando o jeitinho brasileiro, revendo prioridades, otimizando o que realmente importa, lendo, expandindo, crescendo como pessoa. Assim, talvez você não seja fisgado quando tentarem roubar tua atenção pelos veículos de comunicação normais, os "berrantes" que chamam o gado para fazerem você pensar naquilo que querem que pense. Seu senso crítico não deixará mais. Saindo da linha de sintonia do berrante, você vê mais longe, com discernimento.

Depois que estiver fora, tudo fica mais engraçado. Você vai ler pelo G1, Portal Terra, UOL e outros tantos, "Rússia declara guerra à Ucrânia, Estados Unidos e UK" e vai morrer de rir. Vai perceber que a escolha continuará sendo uma ilusão para todos os outros aspectos da vida, independente de quão bem intencionado tu esteja.

Simplesmente porque o fluxo da vida é uma correnteza, você não muda o curso do rio, não tem escolha, entretanto, a correnteza é conveniente para os peixes mortos ou adormecidos. Os vivos precisam ser fortes e continuar nadando para não serem deliberadamente arrastados para qualquer lugar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uma entrevista com a Lady Nifa

Isso ocorreu em 2004 para 2005

Um amigo tinha me falado dela outras vezes, mas nunca tínhamos conversado muito a respeito. A idéia que eu tinha era sempre as que os filmes fantasiavam, com magia, forma e brilho. Naquela noite eu estava mais em paz comigo mesmo.

Era uma noite fria quando saía de um estado meditativo, percebi uma presença na sala da casa da minha mãe.

Nessas “percepções” nunca dava pra saber se eram boas ou ruins, logo, inclinei um pouco a cabeça, fechei os olhos, meu braço direito esticado para baixo e para o lado com meus dedos indicador e médio esticados. Uma postura de guarda onde dela, poderia desferir muitos comandos simbólicos provocando uma ação em cadeia.

O cheiro de flores era evidente e mesmo de olhos fechados comecei a perceber a presença de uma mulher em pé, em frente ao corredor. Abri os olhos e ela continuava lá (sabemos por que isso acontece).

Uma mulher alta, bonita de uma classe que jamais vi igual.

Eu sabia por que estava lá, mas isso é outra história.

Posso saber o seu nome? Sorrindo, ela respondeu, “Nifa”

Continuei, enquanto podia...

Sendo um Elemental, imagino que sejas de Jinas*¹. Sorrindo novamente, como se estivesse falando com uma criança, respondeu: “Sou de onde vós entendeis por ‘Quinta Dimensão’”.

Sempre referindo a qualquer indivíduo ou grupo no plural. Nunca entendi esse hábito dos seres de outras dimensões.

Percebo que trabalha com Cura, algum tipo específico? “Cura em geral, nenhum em específico”.

Como é sua rotina, seu “dia a dia”? Ela parou um pouco, imagino que seja pra trazer o entendimento e disse: “Faço o que chamam de ‘acordar’, então... Vou com minhas amigas num local semelhante a uma biblioteca, mas em vez de livros, há cristais onde armazenam as informações. Lá estudamos. Seguimos mais tarde para trabalhar, servindo a vida com Cura*.²

Como é sua casa ou onde você vive, seus móveis, pertences...? Sorrindo ela fez com as mãos um gesto, como se estivesse segurando uma bola e explicou: “Como uma cúpula, de um material muito leve, cor de marfim, não há quinas, utilizamos como tecnologia cristais diversos onde, os programamos para um determinado fim.

E a cidade, como é? “A cidade integra a natureza meio a uma floresta. As árvores são gigantescas se comparadas da Terra. O complexo forma um circulo imenso onde, no centro, ficam as edificações administrativas. Existem carros que volitam sem fazer qualquer barulho.
Mas como fazem com a energia? Por exemplo aqui a elétrica move o mundo, como é lá? “Existe um cristal com mais ou menos 10m de altura fora da cidade que tem o papel de captar a luz do Sol, catalisar a energia, converter e distribuir para a cidade.

Qual foi à coisa mais interessante que você já viu ou presenciou? Nesse momento ela parou um pouco para refletir, mas logo disse naturalmente: “Os Mestres*³ a forma com que eles andam, falam entre si, se comportam, o olhar...”

O que gosta de fazer para se divertir :D ? “Gosto de pintar expressões humanas” oO

Como assim? “Nesta dimensão, existe uma constância de bem-aventurança e amor incondicional, logo, torna-se interessante pra nós observar as oscilações emocionais comuns na terra, como de alegria, paixão, tristeza, raiva...”


Quanto ao mundo, teria algo a dizer? “Está acontecendo um fenômeno que chamamos de “Globalização Mental” e isso está possibilitando o contato, a ação dos planos sutis e assim podemos com mais força levar o homem ao seu despertar”

Qual a sua visão de mim? “De uma criança...” Sorrindo continuou, “De aproximadamente oito anos de idade”.


Jinas: A origem do nome é antiga, provém da “Velha Tradição”, como referimos aos seres elementais das dimensões superiores.

Mestres: Uns mais despertos que ajudam outros ainda adormecidos.

Cura: A Cura está muito alem da regeneração de ferimentos, ou cura de doenças diversas seja qual for a patologia. Está diretamente ligado a identificar qualquer coisa que esteja em desarmonia com a natureza de todas as coisas ou to todo e reajustar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Nossa Arte